Por Marcos Trindade Moreira
“Inclusão – Uma causa de todos! Diferente é o mundo que queremos”
Eles olhavam ansiosos e atentos para o céu estrelado desta última terça feira (08 de Abril). E não era para menos. O pátio do Colégio Estadual Igléa Grollmann deu lugar a uma aula prática de observações astronômicas com telescópio que envolveu alunos, familiares e demais professores.
A atividade foi desenvolvida em ação conjunta com os professores Marcos Trindade Moreira e Ana Floripes Berbert Gentilin, equipes diretiva e pedagógica. E dentre os participantes, alunos com Síndrome de Down, Transtorno de Conduta + Transtorno Misto Ansioso-Depressivo e Transtorno do Espectro Autista.
“O momento foi excelente! Foram observados a Lua e os planetas Júpiter e Marte. Estes astros celestes estavam bem visíveis no céu noturno. O planeta Marte esteve em oposição e isto significa que, nesse momento, esteve alinhado com a nossa Terra e o Sol”, explicou o professor Marcos.
Atividades similares a essa vêm sendo realizadas voluntariamente pelo professor Marcos Moreira no Colégio Igléa há mais de 15 anos e são incluídas no seu “Projeto Astronomia na Escola”, uma atividade educacional altamente motivadora, de iniciação científica, que proporciona diversos conhecimentos interdisciplinares e contextualizados aos estudantes, professores e demais participantes.
A professora Ana Floripes Berbert Gentilin, especialista em educação especial, vem realizando um trabalho pioneiro de inclusão de alunos com variadas necessidades educacionais especiais junto aos demais alunos, professores, funcionários e familiares no Colégio. Seu trabalho nessa área é “referência” no Estado do Paraná.
A atuação da professora Ana e o total apoio dos demais professores que atuam nas turmas desses “alunos especiais e seu time de amigos”, da direção e da coordenação pedagógica, estão fazendo a diferença na vida desses jovens, estão mudando o perfil do colégio, do comportamento dos demais alunos e mostrando a todos que a inclusão na escola é um desafio que pode ser superado! Basta querer, planejar, fazer e avaliar!
FELIZ NA ESCOLA!
“Estamos felizes com a receptividade da escola com relação à minha filha. Com a abertura que deram para ela, na sala de aula e nos trabalhos desenvolvidos como esse de observação astronômica. Ela acorda animada para vir à escola. Sente-se acolhida. Eles são muito sensíveis; é muito gratificante porque quando a trago de manhã, percebo que ela realmente gosta daqui”, declarou Jurandir Bernardino da Silva, pai da estudante Maria Clara, que tem síndrome de Down.
“Se uma pessoa não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que pode aprender”. (Marion Welchmann)