Com as atividades das aulas de Educação Física realizadas no dia 29/03 iniciamos a celebração relacionada ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Professora: Rachel Pedro Bomfim
Turma: Primeira série Platão
Atividades desenvolvidas no Dia Mundial de Conscientização do Autismo – 02 de abril
No início da manhã, o estudante Luan Piron de Oliveira leu sua mensagem. Em seguida a estudante Nayara Fernandes, da primeira série, turma Platão, fez um depoimento sobre a experiência de estudar sete anos com o colega Luan. Ambos utilizaram o sistema de som interno da escola para que todos os presentes no espaço escolar tivessem acesso às mensagens. Após, nas salas de aula, por meio das TVs Pendrive foram exibidos vídeos informativos sobre o Autismo. No período vespertino a programação continuou e o estudante Felipe Pereira Malaquias, 13 anos, foi entrevistado pelos estudantes dos sextos anos. O mesmo teve o apoio de sua turma, sétimo ano, Cecília Meireles, durante a entrevista. Na sequência, em todas as turmas também foram exibidos vídeos a respeito do tema. Houve um momento em que os próprios estudantes com TEA convidaram suas turmas para tirarem selfies, a finalidade da atividade foi aumentar o sentimento de pertencimento ao grupo de estudantes do Colégio Estadual Igléa Grollmann, de Cianorte.
As atividades fazem parte do Projeto Identidade vs. Preconceito que tem como objetivos principais: Estimular novas práticas atitudinais com o intuito de facilitar o processo de convivência no contexto escolar e desenvolver o senso crítico de estudante com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo para que se fortaleça como sujeito social.
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Depoimentos
“Meu nome é Luan Piron de Oliveira, tenho 15 anos. Estudo no Colégio Estadual Igléa Grollmann desde o sexto ano. Atualmente, estou matriculado na primeira série, turma Platão. Tenho o diagnóstico de Autismo, porém isso não me define porque nesse mundo somos todos diferentes uns dos outros. Antes tinha muitas dificuldades de conquistar amigos. Estou superando essa fase, pois tenho vários amigos. Isso é muito bom porque nos ajudamos. Para minimizar o preconceito a Organização das Nações Unidas em 18 de dezembro de 2007 escolheu 2 de abril para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Estamos disseminando conhecimento porque muitas crianças precisam de nosso apoio. Somente com o conhecimento científico, atendimento especializado nas áreas da saúde e educação, empatia e amor de nossos familiares, nos desenvolvemos de forma satisfatória. Faço parte do Projeto de nossa escola: A corrente do bem.”
“Meu nome é Nayara Fernandes e tenho 14 anos. Estudo com Luan Piron há 7 anos e aprendi muito com os conteúdos trabalhados, principalmente pela nossa querida professora especializada Ana Floripes Berbert.
Hoje percebo o nível de maturidade da nossa turma. Estamos nos humanizando a cada dia. Luan é nosso amigo, todos nós o tratamos bem, como todos devem ser tratados. Ele é uma pessoa extremamente inteligente e dedicada ao que faz e valoriza muito os estudos, sendo eles uma grande preocupação para ele. Tem muitos talentos e suas capacidades são imensas.
Jamais me esquecerei do dia em que Luan apresentou o seu primeiro trabalho de Filosofia. Naquele dia, ele deu um show! Ele falou e explicou seu trabalho de um jeito incrível! Depois daquele dia e de muitos outros durante esses anos, podemos ver que ele é realmente capaz de repassar seu conhecimento a todos e que também é altamente dedicado, inteligente e hábil, como todos nós podemos ser.
No dia 02 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo, sentimo-nos responsáveis em disseminar informações sobre o assunto, tendo em vista que temos a oportunidade de aprender e conviver com uma pessoa que tem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. Desta forma, combatemos o preconceito e consequentemente eliminamos o bullying do meio escolar.
Vamos colocar a mão na consciência e saber que jamais devemos destinar palavra desagradável a qualquer pessoa seja ela com ou sem diagnóstico de transtorno.”
“Olá! Meu nome é Maria Eduarda. Tenho 13 anos, estudo no Colégio Estadual Igléa Grollmann, na turma do sétimo ano Cecília Meireles, e na minha sala temos um amigo com diagnóstico de Autismo e seu nome é Felipe. Ele já sofreu muito bullying nos anos anteriores. Seu diagnóstico foi tardio, tinha nove anos quando a família conseguiu saber que tem Autismo, após anos indo em médicos. Chegou em nossa escola no ano de 2016, aparentava muito medo de sofrer. Nossa turma tem uma professora que se chama Ana Floripes e por sinal uma excelente mestre. Ela nos ajuda muito, principalmente o Felipe. No começo ela sofria por ele não ter amigos, mas hoje, ele tem a turma toda, as pedagogas, os professores, os funcionários e ela, a Ana Floripes. Somos muito unidos! Somos amigos e companheiros e vemos que o Felipe é um ser humano normal como qualquer um de nós. Ele tem Autismo e se desenvolve muito bem, pois é muito inteligente e esforçado.”
Atividades pedagógicas trabalhadas na turma do Sétimo Ano, Cecília Meireles
E SE EU TE PERGUNTAR: Qual mão é do estudante que tem autismo? Você não saberá responder porque todos nós somos ao mesmo tempo diferentes e iguais.
Autora da Frase: Estudante Natália Avelar Santos, 11 anos